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26 agosto 2007

carta do Marcio Almeida

Meu caro Manuel,
Pois é. Inaugurando com você a dialógica. Como lhe falei há pouco, moçada de hoje está perdida. Não saber o que se é influencia o não saber o que se quer ser. Se lessem Kant, p.ex., não teriam essa dúvida. A permissividade, a merdiocridade, a libertinagem, aliadas a um "clima" de puro hedonismo fazem com que a juventude hodierna "paste" em ambiguidades, em indecisões, coisas típicas da pós-modernidade que começa lá nos anos 60 com Jean-François Lyotard e invade toda a sociedade consumista contemporânea. Não é o caso se imputar uma culpa a quem quer que seja, mas há que pensar na formação à distância que os jovens de hoje vêm tendo: distantes de si mesmos, seja por drogas, álcool, alheamento pessoal, falta de engajamento, seja distantes dos pais, da realidade comprometida com o trabalho, ou, o pior delas, o distanciamento via internet. Orkut e similares são vias de acesso para lugar nenhum. Incentivam uma dialógica interpessoal que nada acrescenta a nada. é como uma fuga da temporalidade, porque o tempo engendra compromisso e responsabilidade: ele é irreversível, não permite retorno e dura pouco. Hélás!
Fica aí uma tópica pra gente discutir.
Abraço. Que você tenha bons orgasmos metafísicos com as Pérolas do Vestibular.
Domingo devia ser um dia diluído entre os dias de "feira". É sacal. É o dia em que a mediocridade se reúne nas televisões para imbecilizar ainda mais o hello crazy people.
Márcio Almeida

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