Powered By Blogger

28 setembro 2007

reflitam sobre isso

MAS NÃO SE MATAM IDÉIAS*Fidel CastroTempos atrás, olhando quanto será gasto para a construção de três submarinos Astute (submarinos nucleares ingleses, de ataque), eu disse que com esse dinheiro poderiam ser formados 75.000 médicos e ser atendidas 150 milhões de pessoas, supondo ainda que o custo de formar um médico fosse um terço do que custa nos Estados Unidos.Agora, continuando o mesmo cálculo, me pergunto quantos médicos poderiam ser formados com os 100 bilhões de dólares que, em um único ano, caem nas mãos de Bush para seguir cobrindo de luto lares iraquianos e norte-americanos. Resposta: 999.990 médicos, que poderiam atender aos 2 bilhões de pessoas que hoje não recebem atendimento nenhum.Mais de 600.000 pessoas perderam a vida no Iraque e mais de dois milhões viram-se obrigadas a emigrar, desde o início da invasão norte-americana. Nos Estados Unidos mesmo, perto de 50 milhões de pessoas não têm seguro-saúde. A lei cega do mercado rege essa prestação de serviço vital, e os preços se tornam inacessíveis para muitas pessoas mesmo nos países desenvolvidos.Os países menos desenvolvidos e com mais doenças dispõem de menor quantidade de médicos. Quando surgem novas doenças contagiosas como a Aids, que em apenas vinte anos vitimou milhões de pessoas e faz sofrer dezenas de milhões, entre elas muitas mães e crianças, e para a qual já existem paliativos, o preço dos medicamentos por pessoa pode chegar a 5.000, 10.000 ou até 15.000 dólares por ano. São valores inimagináveis para a grande maioria dos países do Terceiro Mundo, onde os poucos hospitais públicos vivem superlotados de doentes, que morrem amontoados como animais quando ocorre uma epidemia imprevista.Talvez, se essas realidades fossem examinadas cuidadosamente, houvesse uma maior compreensão da tragédia. Não se trata de fazer campanhas publicitárias, que requerem muito dinheiro e tecnologia. Some-se à fome de que padecem centenas de milhões de seres humanos a idéia de converter os alimentos em combustíveis, procure-se um símbolo para isso e o resultado será George W. Bush.Perguntado por uma personalidade importante sobre sua política em relação a Cuba, a resposta dele foi: “Sou um presidente linha dura e só estou à espera da morte de Castro”. Os desejos de tão poderoso cavalheiro não constituem nenhum privilégio. Não sou o primeiro nem seria o último que Bush ordenou matar, ou daqueles que ele se propõe continuar matando de maneira individual ou em massa.“As idéias não se matam!”, exclamou Sarría, o tenente negro que comandava a patrulha do exército de Batista que – após nossa tentativa de tomar o Quartel Moncada – nos prendeu quando três de nós dormíamos numa pequena cabana das montanhas, esgotados pelo esforço feito para romper o cerco. Os soldados, cheios de ódio e de adrenalina, apontavam as armas para mim, mesmo sem terem ainda me identificado. “As idéias não se matam”, ficou repetindo automaticamente, já quase em voz baixa, o tenente negro.Dedico-lhe essas magníficas palavras, senhor W. Bush.Fidel Castro Ruz*Publicado em Caros Amigos de setembro
____________________________

26 setembro 2007

QUANDO???

Quando os políticos vao dedicar suas vidas públicas, realmente, ao bem comum? Quando nao teremos noticias de roubos, corruptos, perlamentares gazeteiros? Quando teremos a noticia que o dinheiro de nossos tributos será bem aproveitados e que nao há criancas sem escolas e que todas as pessoas estao tendo atendimento médico de qualidade e de imediato?
Quando, nós membro da polis e da cívitas, vamos fiscalizar nossos homens púlicos e quando nao vamos mais eleger os malufs e Calheiros da vida? Quando veremos todo pais de familia saido de casa feliz para o trabalho onde, com dignidade, recebe seu salário?

Quando veremos os nossos bandidos e criminosos cumprindo sua pena e sendo reeducados para a vida na sociedade? Ou qunado nossos juizes serao mais próximos do povo, tendo o cidadao a ser o objetico maior da justica?

Quando a grande mídia, Globo,, Folha de SP, Grupo Abril, sendo honestos ao nos informar e sem deformar a noticiass?
Meus Deus! quero meu povo iinsatisfeito e revoltado por tudo que acontece. Quero o povo cumprindo a lei e obrigando os governantes e as elites a serem exemplo de honestidade, probidade e honrados comportamentos.

16 setembro 2007

ira cívica - carta aos senadores da república

POR camila nicacio*


Aos que prestam cotidianamente um desfavor ao Brasil, Senadores da República,


não imagino que leiam este e-mail. Pergunto-me mesmo o porquê de escrevê-lo. Não encontro muitas razões, mas uma ou duas me vêem à mente de maneira bastante clara.

A primeira é a de que o mais espantoso não é perceber o escárnio e a falta de respeito com que vocês tratam o Povo Brasileiro: o episódio da absolvição deste fascínora chamado Renan Calheiros poderia ter se repetido qualquer que fosse a conjuntura política; o partido atual na Presidência; o clamor popular; a mobilização midiática... Vocês fazem desta maneira independentemente de todos esses fatores. Vocês achincalham a República, as nossas instituições democráticas ainda tão jovens e envergonham o país interna e externamente. Vocês fazem deste modo e talvez precisemos de mais 500 anos de vida política para falarmos em "estado democrático de direito", em que a Nação venha à frente de interesses pessoais e partidários imundos como os seus.

A segunda razão vem do fato de que os trabalhadores deste país - aqueles que se levantam cedo e dormem tarde depois da labuta nas lavouras de cana; todos os leiteiros, jornaleiros, pedreiros, camelôs que vivem a peleja diária pela sobrevivência; todas as mentes criativas e brilhantes que nos honram e nos projetam para além de nossos limites territoriais, valorizando nossa cultura e tradição; todas as lavadeiras, professores e motoristas de ônibus - todos, todos e todos eles vão continuar a viver. Vão continuar a despeito da falta de compromisso, de respeito, de coerência, de hombridade... da falta de tudo o que vocês poderiam significar e são apenas uma nostálgica lembrança.

Enquanto vocês - todos vocês - na medida de sua responsabilidade, por suas ações e omissões, forem compondo página virada na história recente deste país, como mais um espetáculo infame de apropriação do público pelo privado, o Povo Brasileiro vai continuar, parafraseando o poeta, "apesar de vocês".

Com toda a desilusão que é possível mensurar,

Camila Silva Nicácio É ADVOGADA, MESTRE EM Direito pela Unversidade de París, e em
novembro inicia seu curso de doutorado na mesma universidade

04 setembro 2007

Musica da tribo

Por Antonio Veloso*


A antropologia mostra que diversos tipos de instrumentos musicais tiveram sua origem em simbolos sexuais, ou seja, na representacao dos órgaos genitais. Uma das principais funcoes da música na sociedades primitivas era celebrar os rituais de sexo e fertilidade.
De acôrdo com Darwin, a fala humana nao antecedeu a música, mas dela se derivou.O canto,para Darwin, era um dos meios de atracao e "galanteio" com vistas ao acasalamento e a fala só teria vindo depois, como um desenvolvimento disciplinado daquela linguagem sexual, aplicada a comunicacao entre as pessoas.
Assim, a música seria o código de comunicacao sexual por excelência, e a fala nao passaria de um derivado dêsse código, sua versao amenizada para fins de organizacao social.
A música esteve sempre presente em todas as fases da humanidade, acompanhando e refletindo a evolucao da história.É como uma trilha sonora da vida do homem neste planeta, da era das cavernas ao computador e celular.
O que se pode certamente afirmar é que os elementos formais da música, o Som e o Ritmo, sao tao velhos como o homem, inclusie êste é ritmo, no bater do coracao, no ato de respirar, seus passos já organizam um ritmo.E a voz do homem produz o som.
O ritmo se desenvolve mais rápidamente e isso é compreensível pois é êle que une a música, a poesia e a danca
É inconcebível a existência de uma sociedade sem cancoes, mitos ou expressoes poéticas.Por isso a música nao morreu e nunca morrerá
Som e ritmo sao encontráveis em todos os povos primitivos atuais,e sempre o ritmo bastante desenvolvido enquanto o som, geralmente, em estado muito elementar.
Analisemos êsse apêgo dos "primitivos"a uma música pouco melodiosa e predominantemente ritmica: Agindo poderosamente sobre a parte fisíca do ser, o ritmo provoca uma ativacao muito forte do ser biológico total, nao só físico, mas na complexidade maior do seu ser psiquico tambem.
Os primitivos agem mais fisica que mentalmente, a violenta luta pela vida os leva a desenvolver extraordináriamente certas faculdades do corpo: o faro, o tato, os instintos e pressentimentos, faculdades mais distantes da lógica racional-analítico-dedutiva-cartesiana.
Ora, o ritmo interessa muito mais ao corpo que o som.O ritmo "mexe"com a gente.
Outra causa importante, que leva os povos em estado natural a desenvolverem muito pouco a sonorizacao da música, é a fificuldade de criar instrumentos melódicos verdadeiramente ricos. Só dentro da Civilizacao Crista é que o homem conseguiu construir instrumentos como o órgao, o violino, a flauta e o piano atuais.
No geral os instrumentos dos primitivos sao muito pouco melódicos. Dao sonoridades cavernosas, roucas ou produzem apenas ruídos.
Música, entao, predominantemente rítmica, muito pouco melodiosa, socialística, no geral monótona e buscando favorecer, pelo caráter hipnótico, os efeitos mágicos da encantacao.Jamais se libertou da funcao religiosa, mágica e social.Música mágico ritual, guardada com zêlo pelos feiticeiros da tribo.
Como observou R. Lachmann: para o impulso sonoro vocal em si, nao interessa partitura, nao existe o preconceito de afinacao ou desafinacao------ tudo é Som , e sö o Som importa.
Técnicamente a música dos primitivos se define pela repeticao, geralmente em coral, de motivos ritmico-melódicos, tudo dependendo exclusivamente dos levantamentos e repousos de gestos e passos da danca, e principalmente das palavras dos textos cantados.
Músicos, musicólogos, compositores de renome se acercaram das tribos indígenas do Xingu e Amazonas, pesquisando seu acervo musical e com isso enriquecendo seu conhecimento musical e utilizando-o na hora de compor suas próprias cancoes. Dentre êstes podemos citar o maestro Rogério Duprat, o musico Egberto Gismonti e a cantora Marlui Miranda.
Gismonti, que tomou inesquecíveis licoes de música com o índio Sapaim, mestre de flauta do povo yawalapiti, do Xingu, rconhece:
-No comeco, voce se distancia, racionaliza: bom, é uma flauta de recursos limitados, só 4 notas, harmonia primitiva, e tal, ele é um músico primitivo, e tal...Esses papos. Mas de repente, quando você vê aquele homem tocando, e nao consegue separar o músico do instrumento e da música, e percebe como tudo é uma coisa só, una mesmo, como ele se integra completamente no universo, na natureza...fazendo isso naturalmentem enquanto a gentesofre anos a fio nas escolas de música, aí brota uma compreensao muito grande.

Antonio Veloso é cinéfilo e critico Musical e escrevce com regularidade nesse blog

A MIDIA SEMPRE QUIZ GOVERNAR

assunto: Mídia sempre quis governar
Jorge Correa
O movimento de boa parcela da mídia nos recentes episódios envolvendo o governo brasileiro não é novidade para quem tem memória. Não esqueçamos que, na história da República, isso é rotineiro e parece não ter fim. A imprensa brasileira, conservadora e elitista, tem um lado, é parcial e age de acordo com os seus interesses. Sempre aconselho a leitura de dois livros essenciais e reveladores do papel decisivo da mídia nos destinos do País. Chatô, o Rei do Brasil, de Fernando de Morais, e Notícias do Planalto, de Mario Sergio Conti, são obras que exibem tanto o conchavo de governos com a imprensa como o papel desta na derrubada de presidentes. Foi assim com Getúlio Vargas, com Juscelino Kubitschek e com Jango Goulart. E até com Fernando Collor de Mello, endeusado quando necessário e demonizado no momento em que não adiantava mais. O povo já estava nas ruas.
A grande imprensa é controlada por meia dúzia de famílias "tradicionais". Foi assim no passado, é no presente e será no futuro, se não houver a necessária democratização dos meios de comunicação. Fazem décadas que a imprensa de São Paulo é controlada pelas famílias Frias, Mesquita e Civita, e a do Rio, pela família Marinho. Mandam e desmandam, elegem e derrubam governantes. Mas o inusitado aconteceu em 2002, quando o eleito não fora ungido nos gabinetes dos barões da mídia. Lula, um operário e não um doutor, desafiou o domínio do poderosos e não encontrou mais paz. Voltou em 2006 numa campanha em que o bordão "deixem o homem trabalhar" tinha o endereço certo. Não adiantou: novamente, a mídia avança e ataca com o objetivo de controlar o pensamento da nação. Nada interessa a não ser a opinião dos donos de grupos empresariais. Liberdade de imprensa? Não, de empresa!

Leia este e outros comentário no blog Correando:
http://jorgecorrea-correando.blogspot.com