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15 janeiro 2009

Fluxos de caixa e de sangue

* Carlos Lúcio Gontijo

Há uma inconfessável opção dos meios de comunicação pela prática de exaltação ao supérfluo, ao chocante e aos propagadores de falsa erudição desprovida de mensagem construtiva, levando ao desânimo os que ainda se guiam pelo amor ao próximo e pela valorização de normas morais e comportamentais indispensáveis à convivência em sociedade.
Infelizmente, a área política que maculou a assertiva cristã explicitada na oração do “é dando que se recebe”, colocando literalmente em xeque a prece de São Francisco, vem semeando fato parecido em relação às profecias de Isaías, que, em determinado ponto, nos assinala que “dia virá em que não haverá mais divergências no meu monte santo. O leão e o cordeiro pastarão juntos”.
Parece-nos, claramente, mesmo não sabendo nem podendo separar os bons e os maus parlamentares inscritos nas agremiações partidárias, que os políticos, na hora de somar esforços na luta por alcançar benefícios e materializar interesses particulares ou corporativos, costumam pastar juntos e até projetar uniões e apoios inexplicáveis à luz da razão.
Da nossa parte, não tememos dizer que não há como imaginar, no Brasil, qualquer melhoria significativa no tocante à oferta de serviços públicos mais condizentes com a carga tributária draconiana que pesa sobre o orçamento de todos os brasileiros, punindo as pessoas em seus lares, em seus empregos, em suas empresas e estabelecimentos comerciais. Existe, enfim, uma descabida boa vontade na promoção de privilégios para o setor financeiro em detrimento dos empreendimentos produtivos.
A crise de crédito por que passa o mundo globalizado veio comprovar que, quando há queda de fluxo de caixa nos bancos, a população é convocada a pagar a conta sem dó nem piedade, ainda que para isso seja necessário que a sociedade sangre e perca o seu fluxo de sangue, padecendo na inanição – sem salário digno ou, ainda pior, sem emprego.
Lembramo-nos do período em que havia lei salarial e a classe empresarial ocupava espaço na mídia nacional com o objetivo de protestar e até afirmar que, muitas vezes, o patrão gostaria de dar aumento superior aos índices estipulados pelo governo, mas se via impossibilitado de concretizar sua intenção. Pois bem, a lei salarial foi abolida e o que detectamos no mercado de trabalho é o velho império dos baixos salários e o hábito atávico de dispensar mão-de-obra ao menor sinal de crise na economia, com os operários, sob o jugo dos patrões, se sentindo como palestinos reclusos numa espécie de Gaza indefesa e exposta aos efeitos do saco de maldades com que os gestores das tais leis de mercado os presenteiam.
Não é à toa que assistimos ao aumento da disputa por vagas disponibilizadas pelos concursos públicos, que são tomadas pelo trabalhador brasileiro como a única oportunidade de ele ter uma vida profissional mais segura e distante das ameaças do patrão, que insiste em vê-lo como fonte de despesa e não força de trabalho inserida na formação do capital da empresa.
A conclusão a que chegamos diante de tanto infortúnio que se abate sobre a sociedade brasileira é que o povo precisa deixar de lado diferenças e possíveis desavenças, a fim aprender a pastar unido como o fazem seus algozes do colarinho branco e senhores de capital, canaviais e engenhos do setor produtivo.
Carlos Lúcio Gontijo
www.carlosluciogontijo

10 janeiro 2009

O NOME DO EMBAIXADOR É SHULTZ


Laerte Braga


O rei da Espanha paga cinco mil dólares por búfalo caçado e morto numa estação de caças da Suíça. A espécie caçada está em extinção e os suíços tentam mantê-la para o gáudio da nobreza européia.

Os nazi/sionistas de Israel caçam palestinos e não pagam nada. Pelo contrário. Saqueiam terras, bens, estupram mulheres, torturam e não admitem qualquer tipo de censura. São “superiores”. Quem enxerga práticas genocidas nas hordas de assassinos que atacam Gaza “está delirando”.

Com certeza os mais de setecentos palestinos mortos é ficção. Ou os quase três mil feridos. Os prédios derrubados, casas, a infra-estrutura de um povo valente e determinado.

Para os nazi/sionistas, braço do IV Reich – a Casa Branca – tudo isso é só legítima defesa.



O nome do embaixador de Israel na Espanha é qualquer coisa Schultz. Claro. Mengele, Goering, Goebbels, Eichman, qualquer um desses iria sentir-se aprendiz no holocausto ressurreto. Iriam aprender muito.

Frédéric Kanouté, 31 anos, jogador do Sevilha, aparece na foto acima ao lado do brasileiro Luís Fabiano. Kanouté fez um dos gols numa vitória de sua equipe e comemorou manifestando seu protesto contra as horas de Schultz que massacram palestinos.

O jogador nasceu na França, é muçulmano e foi multado em algo em torno de nove mil reais pelo gesto. Não importa. “Era algo que eu sentia que tinha que fazer. Todo mundo deve se sentir um pouco responsável quando há uma injustiça tão grande. Sou cem por cento responsável pelo que fiz.”

Declarações que fez ao canal TELECINCO na Espanha.

Schultz, ao contrário, de tacão e quépi com a suástica/estrela de Davi, criticou o gesto do jogador e louvou a multa aplicada a ele. Foi lacônico nos comentários. Não tem como defender a barbárie nazi/sionista contra palestinos. Não que tenha aparentado vergonha. Nazistas não têm vergonha de serem assassinos. Um certo desconforto, pois sabe que as pessoas no mundo inteiro estão indignadas com o tal “povo eleito”.

A repórter da REDE GLOBO em Israel, Renata Malkes, produziu durante um bom tempo um blog anti-árabe. Com insultos e ofensas ao povo árabe. Serviu o Exército de Israel e agora tentou apagar os vestígios do preconceito sumindo com todo o material do blog.

Em vão. Já está recuperado. A história foi descoberta pelo CLOACA NEWS.
Esse é um dos endereços onde a “imparcialidade racista” da moça pode ser vista. http://web.archive.org/web/20021106133916/balagan.blogspot.com/2002_03_10_balagan_archive.html
A comissária das Nações Unidas para crimes de guerra na Faixa de Gaza afirmou ao jornal inglês THE GUARDIAN, que “o exército de Israel pode ter cometido crimes de guerra na faixa de Gaza”. Navi Pillav disse que soldados do reich nazi/sionista mandaram civis se abrigarem numa casa e em seguida dispararam três projéteis contra o lugar. Mais de vinte dentre os mortos eram crianças.

Fadi Adwan/AP

Imagem mostra vítima do ataque a Zeitoun, na faixa de Gaza, que deixou cerca de 30 palestinos mortos no último dia 4

Quando se noticiou que Joseph Mengele, o célebre médico nazista havia sido encontrado no Brasil e, morto, estava enterrado num cemitério numa cidade paulista, a sociedade de caçadores de criminosos nazistas protestou alegando que Mengele ainda estava vivo.

Os exames periciais provaram que os ossos eram de Mengele mesmo. O xis do problema é que a localização do médico nazista, considerado o principal troféu a ser capturado, atrapalhava a propaganda e a justificativa para barbaridades por baixo dos panos.

Com Mengele morto como iam continuar caçando nazistas? É uma velha prática sionista. Perseguem, matam, mas gostam de vender a idéia de perseguidos.

Esqueceram-se de buscar em Tel Aviv. É só trazer de volta os caçadores de vampiros/sionistas e criminosos nazistas vão ser localizados aos montes em Israel.

Saíram do Gueto de Varsóvia para criar o Gueto de Gaza. Ganharam now how e experiência em atrocidades.

A Cruz Vermelha denuncia que as SS nazi/sionistas estão atirando em voluntários que tentam retirar corpos de palestinos mortos ou feridos nas ruas e impedindo o resgate e o atendimento.

Tudo isso deve ser culpa do Hamas.

O nome do embaixador é Schultz, mas pode ser Mengele. São iguais.

08 janeiro 2009

regras da midia sobre o nazi-sionismo



Doze regras de redação da mídia internacional quando o assunto é o Oriente Médio*1) No Oriente Médio são sempre os Árabes que atacam primeiro e sempre Israel que se defende. Essa defesa chama-se represália.2) Os árabes, palestinos ou libaneses não têm o direito de matar civis. Isso se chama ''terrorismo''.3) Israel tem o direito de matar civis. Isso se chama ''legítima defesa''.4) Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais comedida. Isso se chama ''Reação da Comunidade Internacional''.5) Os palestinos e os libaneses não têm o direito de capturar soldados de Israel dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isso se chama ''Seqüestro de pessoas indefesas.''6) Israel tem o direito de seqüestrar a qualquer hora e em qualquer lugar quantos palestinos e libaneses desejar. Atualmente são mais de dez mil, 300 dos quais são crianças e mil são mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter seqüestrados presos indefinidamente, mesmo que sejam autoridades eleitas democraticamente pelos palestinos. Isso se chama ''Prisão de terroristas''.7) Quando se menciona a palavra ''Hezbollah'', é obrigatória a mesma frase conter a expressão ''apoiado e financiado pela Síria e pelo Irã''.8) Quando se menciona ''Israel'', é proibida qualquer menção à expressão ''apoiada e financiada pelos EUA''. Isso pode dar a impressão de que o conflito é desigual e que Israel não está em perigo de existência.9) Quando se referir a Israel, são proibidas as expressões ''Territórios ocupados'', ''Resoluções da ONU'', ''Violações dos Direitos Humanos'' ou ''Convenção de Genebra''.10) Tanto os palestinos quanto os libaneses são sempre ''covardes'', que se escondem entre a população civil, que ''não os quer''. Se eles dormem em suas casas, com suas famílias, a isso se dá o nome de ''Covardia''. Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles estão dormindo. Isso se chama Ação Cirúrgica de Alta Precisão''.11) Os israelenses falam melhor o inglês, o francês, o espanhol e o português que os árabes. Por isso eles e os que os apóiam devem ser mais entrevistados e ter mais oportunidades do que os árabes para explicar as presentes Regras de Redação (de 1 a 10) ao grande público. Isso se chama ''Neutralidade jornalística''.12) Todas as pessoas que não estão de acordo com as Regras de Redação acima expostas são ''Terroristas anti-semitas de Alta Periculosidade''.* Texto da jornalista inglesa Mona Baker, do The Translator

07 janeiro 2009

visita que nos honra

Carlos Lúcio:
Visitei o blog do "Manuelzinho". Excelente artigo, não só pela objetividade do conteúdo, como também por retratar a realidade daqueles que gostam e têm talento para escrever. É frustrante a conclusão de uma obra que está fadada a dormir o sono eterno numa gaveta pela falta de recursos.
Os sonhos não realizados deixam o coração da gente em profunda tristeza. Imagino a desilusão da sua amiga, tendo chegado a uma idade avançada sem conseguir repassar a nobreza e a riqueza que brotaram de maneira tão digna. É lamentável!.Isso é Brasil.Abraços.
Regina Morelo
Escritora e professora
Belo Horizonte

A literatura na gaveta

*Carlos Lúcio Gontijo


O GOVERNO brasileiro retirou a carga de impostos que recaía sobre a impressão de livros, e o dólar, responsabilizado pelo alto preço do papel, andou em baixa cotação por muito tempo, mas nada disso conseguiu diminuir os custos de uma edição no Brasil. Os meios de comunicação, quase que de maneira geral, só se lembram de literatura por ocasião de bienais do livro, que não suprem a necessidade de criação de hábito de leitura e amor pelos livros por parte da população brasileira, que nem se dá conta de que os municípios do País dispõem de pouquíssimas livrarias especializadas. Ou seja, o que temos são papelarias, em plena sintonia com uma nação em que, como ocorreu recentemente em Contagem, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte, livros de autores como Machado de Assis, Alves de Azevedo e Jorge Amado podem ser encontrados jogados no lixo.
ESTAMOS nos encaminhando para a ampliação de nossa obra literária, com o lançamento de dois novos títulos no transcorrer deste ano, mas continuamos enfrentando e observando as mesmas dificuldades, que colocam a decisão de escrever como apenas um detalhe, que é dependente e sufocado pela falta de editoras dispostas a apostar em autores fora dos holofotes da mídia; a lei de incentivo, que joga o produtor de literatura nas mãos do empresário compromissado, na maioria das vezes, com a projeção de seu negócio e, por isso mesmo, voltado para obras de fácil absorção pelo público ou elaboradas por autores próximos à grande mídia.
JÁ FIZ ao longo dos anos muitos prefácios para livros que jamais saíram da gaveta, numa prova inconteste de que o Brasil, como se vivêssemos em período de exceção e censura, permanece repleto de autores inéditos. No final do ano passado, enviei cartão de Natal para uma amiga a quem não tive a oportunidade de conhecer pessoalmente, a não ser por fotografia e pelo original de um livro de prosa e poesia que ela, gentilmente, me enviou, acompanhado de bilhete solicitando-me um prefácio.
POIS BEM, lisonjeado e com alegria, eu a atendi. Pelo correio, remeti-lhe de volta o material. O tempo passou. A poetisa, hoje octogenária, acaba de nos enviar um cartão com votos de feliz 2009, no qual aproveitou para derramar sua desesperança em um dia imprimir sua obra, situada em patamar, segundo nossa avaliação, bem acima de muita coisa que é editada e badalada Brasil afora. Escreveu-nos ela: “O tempo já levou minhas energias e com elas as armas, os apelos, as ilusões. Meu livro dorme na gaveta em berço esplêndido, como diz o hino nacional. Já me conformei. Aquele prefácio valeu!”
FAZEMOS a absoluta questão de divulgar as palavras de entrega e decepção de uma poetisa legítima em dom e poesia, na esperança de que os altivos e garbosos ocupantes de cargos públicos vinculados à cultura deixem de se nos apresentar como intelectuais superiores e baixem os seus olhos para os autores menores, que, parafraseando a canção, salpicam o chão do Brasil de palavras – estrelas que não são contempladas com o sonhado céu da impressão em papel, pelo simples fato de não existir política cultural no País; a não ser para os notórios e renomados, que, monotonamente, se revezam nas manchetes estampadas pelos entediados e distantes cadernos de cultura editados pelos jornais brasileiros.