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09 julho 2009

Sobre os livros “Jardim de Corpos”
e “Duducha e o CD de Mortadela”

Por REGINA MORELO

Falar da obra de Carlos Lúcio Gontijo exige-nos um reajuste na cadência das batidas do nosso coração, para que possamos pulsar sintonizados com a sensibilidade deste autor, que vem nos encantando, cada vez mais, em cada obra publicada.
Tive o privilégio de leitura do romance "Jardim de Corpos" e da obra infantil "Duducha e o CD de Mortadela". O autor dá um enorme salto do mundo adulto para uma infância – à qual ele revisita –, motivado pela existência de sua neta Luara, verdadeira jóia em formação na família Gontijo.
"Jardim de Corpos" enfatiza, com muita sabedoria, a temporalidade da vida, a necessidade do amor ao próximo e a urgência da luta pela inserção social, pois, segundo o autor,"é sabendo de onde viemos, que podemos medir o quanto andamos e decidir para onde vamos".
Carlos Lúcio esbanja poemas de beleza rara, em forma de portais que se abrem a cada capítulo. Os personagens que compõem o romance nos mostram as várias faces do mundo em que vivemos, dos problemas que vêm tornando difícil a convivência pacífica entre as pessoas, "nesse mar de carências, escassos de canoas solidárias".
“Jardim de Corpos”, esta obra primorosa composta por mais de 300 páginas, nos leva a rever valores, tais como: o amor pela família, a união de amigos em prol da ajuda humanitária, a importância de notícias verdadeiras pelas quais os meios de comunicação são altamente responsáveis.
"Jardim de Corpos" é visita obrigatória para os nossos olhos. Saboreiem, caros leitores, em cada uma de suas páginas, esse prato nutritivo de que tanto necessitamos para a nossa saúde literária. Analise cada personagem. Neles, podemos achar traços de nossas próprias vivências, bem como encontrar algum caminho que o nosso mapa ainda não conseguiu nos mostrar.
Regina Morelo
Professora, poeta, escritora

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