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04 setembro 2007

A MIDIA SEMPRE QUIZ GOVERNAR

assunto: Mídia sempre quis governar
Jorge Correa
O movimento de boa parcela da mídia nos recentes episódios envolvendo o governo brasileiro não é novidade para quem tem memória. Não esqueçamos que, na história da República, isso é rotineiro e parece não ter fim. A imprensa brasileira, conservadora e elitista, tem um lado, é parcial e age de acordo com os seus interesses. Sempre aconselho a leitura de dois livros essenciais e reveladores do papel decisivo da mídia nos destinos do País. Chatô, o Rei do Brasil, de Fernando de Morais, e Notícias do Planalto, de Mario Sergio Conti, são obras que exibem tanto o conchavo de governos com a imprensa como o papel desta na derrubada de presidentes. Foi assim com Getúlio Vargas, com Juscelino Kubitschek e com Jango Goulart. E até com Fernando Collor de Mello, endeusado quando necessário e demonizado no momento em que não adiantava mais. O povo já estava nas ruas.
A grande imprensa é controlada por meia dúzia de famílias "tradicionais". Foi assim no passado, é no presente e será no futuro, se não houver a necessária democratização dos meios de comunicação. Fazem décadas que a imprensa de São Paulo é controlada pelas famílias Frias, Mesquita e Civita, e a do Rio, pela família Marinho. Mandam e desmandam, elegem e derrubam governantes. Mas o inusitado aconteceu em 2002, quando o eleito não fora ungido nos gabinetes dos barões da mídia. Lula, um operário e não um doutor, desafiou o domínio do poderosos e não encontrou mais paz. Voltou em 2006 numa campanha em que o bordão "deixem o homem trabalhar" tinha o endereço certo. Não adiantou: novamente, a mídia avança e ataca com o objetivo de controlar o pensamento da nação. Nada interessa a não ser a opinião dos donos de grupos empresariais. Liberdade de imprensa? Não, de empresa!

Leia este e outros comentário no blog Correando:
http://jorgecorrea-correando.blogspot.com

2 comentários:

Anônimo disse...

Felizmente/finalmente, vejo que não estou só.
Para uma visão mais geral do papel, comportamento e reais objetivos da mídia em todos os lugares e épocas, sugiro a leitura do romance Ilusões Perdidas, de Balzac.

Abraços, parabéns pelo texto

ceti

Anônimo disse...

Peço licença ao autor do blog para postar essa chamada que está relacionada ao assunto do post:

FORÇA-TAREFA da ABRIL PRESSIONA DEPUTADOS PARA ABORTAR CPI da ABRIL-TELEFÔNICA
A Editora Abril está em plena atividade para abortar a CPI da Abril-Telefônica. Na quarta-feira (05/09) - um grupo percorreu o Congresso, pedindo aos 182 deputados que assinaram o pedido da CPI que assinem um contra-pedido. O jornalista Gustavo José Batista do Amaral, assessor de imprensa do Grupo Abril, que participou da ação, admitiu a coleta, mas não quis dizer quantas assinaturas conseguiram. Amaral também reconheceu que o Grupo Abril não poderia realizar a operação.
Fonte: http://www.vermelho.org.br/base.aspO povo tem direito a informações reais, mais um dever que o grupo Abril não cumpre.(o link do seu deputado é: www2.camara.gov.br) - Cobre a instalação imediata desta CPI ao presidente da Câmara: dep.arlindochinaglia@camara.gov.br - Todos numa só voz, por justiça e liberdade: CPI, JÁ !!!